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Café

CAFÉ FIRMA APESAR DO REAL E VOLATILIDADE DEVE SUBIR
27/09/2015

A presidente do FED tentou acalmar os mercados sobre a situação econômica americana dizendo que um aumento dos juros pode acontecer ainda este ano, mas não foi suficiente para ajudar as ações nos Estados Unidos, aonde a firmeza do dólar preocupa. O crescimento do PIB chinês mantém a tendência de revisão negativa, colocando pressão nos mercados emergentes e nas commodities em geral.

 

Loucura mesmo foi a movimentação do Real que apenas na quinta-feira oscilou 7%, negociando a 4.2478 e voltando para 3.9479 no final da sessão. Nem a vitória parcial de Dilma no congresso, evitando a derrubada de grande parte de seus vetos, conseguiu acalmar os ânimos. A falta da presença da presidente para falar da situação e dar alguma explicação dá a impressão, ao mercado e a população, de que o barco continua sem comandante, fazendo com que os investidores prefiram pular fora a se aventurar a continuar ou entrar em uma viagem que não se sabe o destino. O Banco Central interveio nos juros na própria quinta-feira e Alexandre Tombini declarou que as reservas são um seguro que podem e devem ser utilizadas se preciso, por ora segurando o câmbio.

 

Com este pano de fundo tanto o robusta como o arábica fizeram novas mínimas sendo empurrados mais por especuladores e fundos de algoritmo e menos por origens que aguardam um “milagre” da moeda brasileira para reverter a tendência negativa dos preços.

 

A dimensão das perdas, entretanto, foi menor do que se podia imaginar, reflexo de uma disponibilidade baixa de grãos nas origens produtoras dos suaves, e no Brasil um comportamento defensivo dos produtores que virtualmente já acabaram a colheita e tem menor necessidade de caixa.

 

Na verdade em tempos de incertezas a saca de café, que é um ativo dolarizado, serve de “porto seguro” caso a moeda brasileira ou a inflação se descontrolem ainda mais, sem mencionar que os grãos de melhor qualidade que são sempre guardados para escalonar a venda no período de entressafra tem um interesse grande dos compradores internacionais.

 

O volume negociado no físico foi razoável, mas sabiamente os produtores acompanhando a desvalorização do real e a curva dos juros inclinada, preferem travar um pouco de vendas para a safra 16/17 (cuja florada foi exemplar) sem pressa de aparecer no mercado à vista.

 

Por falar nisto as atenções na continuação das chuvas é grande dada a importância das precipitações regressarem ao cinturão do café na primeira quinzena de outubro. Na sexta-feira, por exemplo, os institutos meteorológicos estavam prevendo chuvas esparsas e em menor volume para o começo de outubro, de certa forma ajudando os preços dos mercados futuros recuperarem.

 

Um atraso no prognóstico do retorno das precipitações tem um potencial explosivo, já que os fundos estão com uma posição vendida muito grande, relativa e absoluta, mais ainda se levarmos em consideração o número de participantes vendidos. Não chovendo logo as potenciais vendas de Brasil devem secar com um recuo natural de quem tem o receio de não ver vingar as flores que saíram.

 

Alguns agentes se protegeram de uma alta, durante a semana passada, comprando calls (opções de compra), e por outro lado expondo os market-makers que proveram liquidez a uma baixa volatilidade implícita.

 

Tecnicamente o rompimento dos níveis de 125.25, 126.85 e 128.60, no contrato de Dezembro2015 da ICE, deve encontrar buy-stops (compras) de fundos que estão vendidos, acelerando a alta que no curto-prazo pode chegar acima de 130.00 centavos – isto não contando com as incertezas climáticas.

Ao mesmo tempo com os juros inclinados e o Real fraquíssimo, é inteligente a decisão dos produtores que puderem garantir algumas vendas para o ano que vem as fazerem, ainda mais se for a preços próximos de R$ 600.00 a saca.

 

Estarei no Coffee Dinner na Basiléia – Suiça, passando as minhas impressões aos leitores no próximo comentário. Aos que estão indo uma boa viagem e nos encontraremos por lá.

 

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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